Erich Loest nasceu em 24 de fevereiro de 1926 em Mittweida, na Saxônia. Inicialmente, ele queria estudar agronomia e, em 1944, filiou-se ao Partido Nacional-Socialista (NSDAP). Um ano mais tarde, Loest foi enviado para a guerra, na última mobilização de Adolf Hitler, e foi aprisionado pelas tropas dos Estados Unidos.
Nos anos do pós-guerra, sua convicção ideológica mudou: de autointitulado "nazista ardente", Loest se transformou em um comunista fiel e membro do partido único da Alemanha Oriental, o SED. Em 1950, ele passou a ser conhecido no país depois de lançar seu romance de estreia, Jungen die Übrigblieben (Rapazes que Sobraram, em tradução livre).
Em 17 de junho de 1953, quando o regime do SED esmagou de forma sangrenta uma revolta popular com a ajuda de tanques soviéticos, Loest criticou o governo comunista pelo ato, sendo, em consequência, enviado para o presídio do Stasi, o serviço nacional de informações, na cidade de Bautzen.
Após o "tempo assassinado", como descreveu os sete anos de prisão, Loest retornou em 1964 a Leipzig, com uma severa doença gástrica e outras sequelas do cativeiro. De volta, suas primeiras publicações ainda ocorreram sob pseudônimo. Em Bautzen, ele não fora explicitamente proibido de escrever, mas fora privado de papel e lápis, e até mesmo sua esposa só podia visitá-lo uma vez a cada três meses. Loest também não podia publicar nenhuma obra.
Após a queda da União Soviética, Loest voltou a Lepizig. Seu bestseller Nikolaikirche (Igreja de São Nicolau, 1995) descreve a trajetória até a reunificação do país. Antes, ele tratou da vigilância pelo serviço secreto da RDA em Der Zorn des Schafes (A Ira da Ovelha, 1990) e Die Stasi War Mein Eckermann Oder: Mein Leben Mit der Wanze (A Stasi era meu Eckermann ou: Minha Vida com o Grampo, 1991). Também em seus livros posteriores, Loest examinou a história alemã, instigando assim o debate público.
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