9 de novembro de 2014

Para ler até o fim


Estamos acabando com o país

Gustavo Ioschep

Há algumas semanas, dei uma palestra em um evento sobre educação, organizado por uma grande empresa e sediado em uma escola. Havia muitos educadores e alunos na plateia. Compartilhei alguns dos dados preocupantes sobre o fracasso do nosso sistema educacional. Expus minha oposição ao plano — agora consagrado em lei — de investirmos 10% do PIB em educação, notando que o único país que investe nesses patamares é Cuba. (Não porque aprecie sobremodo a educação, mas porque não tem PIB: qualquer meia dúzia de vinténs já dá 10% do PIB cubano...)
Depois da minha fala, vieram as perguntas do público. Sempre que há professores na plateia, estas perguntas se repetem: não é muito simplista/reducionista/alienado falar apenas em qualidade do ensino através do domínio dos conhecimentos de linguagem, matemática e ciências medidos por meio de exames como a Prova Brasil, o Enem e o Pisa? A função da educação não vai muito além disso? Não seria formar o cidadão crítico e consciente, engajado na construção de um país mais justo? Respondi o que sempre respondo nesses casos: a educação brasileira está tão mal — incapaz até mesmo de alfabetizar seus alunos ou ensinar-lhes as operações matemáticas básicas — que podemos gerar um consenso abarcando desde os stalinistas do PSTU até o neoliberal mais empedernido. Quer você deseje gerar o próximo Che Guevara, quer um operário preparado apenas para trabalhar numa linha de montagem, ambos precisam ser alfabetizados e dominar as operações matemáticas básicas. Então vamos primeiro focar a criação de um sistema educacional que garanta a 100% de seus alunos o direito de aprender pelo menos essas competências básicas, e deixemos as discussões ideológicas para outras áreas e outros momentos. Para mim, isso tudo é de uma obviedade mais do que ululante........continua...... 

9 de outubro de 2014

De Porcos e de homens

“(…) Doze vozes gritavam, cheias de ódio, e eram todos iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir, quem era homem, quem era porco.”(ORWELL, G. Revolução dos Bichos).

“TODOS SÃO IGUAIS, MAS UNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OUTROS”


 (George Orwell)

13 de fevereiro de 2014

Santa Paciência

http://www.clickcarreira.com.br/ficarbem/2014/2/13/6991/as-25-perguntas-mais-bizarras-em-entrevistas-de-emprego.html

Entrevistas de emprego são sempre uma preocupação para quem está procurando uma nova oportunidade no mercado. Isso porque nunca se sabe o que o recrutador pode perguntar. Para comprovar a criatividade e a capacidade de improvisação dos entrevistadores, o Glassdoor, comunidade de empregos e carreira norte-americana, divulgou uma lista com as perguntas mais bizarras feitas em entrevistas de emprego em 2013.

Confira a lista:
1) Se você pudesse fazer um desfile no escritório, que tipo seria? (Zappos Family)
2) Você se considera sortudo? Por que e quanto? (Airbnb)
3) Se você fosse um entregador de pizzas, como você se beneficiaria de uma tesoura? (Apple)
4) Se você pudesse cantar uma música no 'American idol', qual seria? (Red Frog Events)
5) Você é mais caçador ou coletor? (Dell)
6) Se você fosse para uma ilha e pudesse levar somente três coisas, o que levaria? (Yahoo!)
7) Se você fosse uma caixa de cereais, onde estaria e por quê? (Bed Beath & Beyond)
8) Você acredita no Pé Grande? (Norwegian Cruise Line)
9) Por que a bola de tênis é felpuda? (Xerox)
10) Qual é a coisa que você menos gosta na humanidade? (ZocDoc)
11) Como você usaria o Yelp para encontrar o número de empresas nos Estados Unidos? (Factual)
12) O quanto você é honesto? (Allied Telesis)
13) Quantos metros quadrados de pizza são consumidos por ano nos Estados Unidos? (Goldman Sachs)
14) Você conseguiria instruir uma pessoa a como fazer o origami "cartomante de papel" apenas com palavras? (Living Social)
15) Se você tivesse 80 anos, o que falaria para seus filhos? (McKinsey & Company)
16) Se você fosse um lápis de cor dentro de uma caixa, que cor seria e por quê? (Urban Outfitters)
17) Como a internet funciona? (Akami)
18) Se um filme sobre sua vida fosse produzido, qual ator interpretaria você e por quê? (SinglePlatform)
19) Qual é a cor do dinheiro? (American Heart Association)
20) Qual foi o último presente que você deu para alguém? (Gallup)
21) Qual foi a coisa mais engraçada que aconteceu com você recentemente? (Applebee’s)
22) Quantas pás de neve foram vendidas nos Estados Unidos no último ano? (Taser)
23) É quinta-feira, e nós o recrutamos para um projeto de telecomunicações em Calgary, no Canadá. Seu avião e hotel já estão prontos e seu visto está pronto. Quais são as cinco coisas que você faz antes de viajar? (ToughtWorks)
24) Descreve o processo e os benefícios de usar cinto de segurança? (Active Network)
25) Você já esteve em um barco? (Applied Systems)

30 de janeiro de 2014

Não se engane

O conservador raciocina que a mudança é essencial para um corpo social da mesma forma que o é para o corpo humano. Um corpo que deixou de se renovar, começou a morrer. Mas se este corpo deve ser vigoroso, a mudança deve acontecer de uma forma harmoniosa, adequando-se à forma e à natureza do corpo; do contrário a mudança produz um crescimento monstruoso, um câncer que devora o seu hospedeiro. O conservador cuida para que numa sociedade nada nunca seja completamente velho e que nada nunca seja completamente novo. Esta é a forma de conservar uma nação, da mesma forma que é o meio de conservar um organismo vivo. Quanta mudança seja necessária em uma sociedade, e que tipo de mudança, depende das circunstâncias de uma época e de uma nação.

Russell Kirk em Os dez princípios conservadores

24 de janeiro de 2014

Compreensão , ternura & sensibilidade

Fale sempre com suavidade e mansidão, mas tenha sempre um porrete ao alcance da mão” (Theodore Rooselvelt, 1858-1919, estadista norte-americano).

30 de dezembro de 2013

Não estamos perdidos ainda, pelo menos não completamente

O assassinato político de Jang Song-Thaek, tio e mentor político de Kim Jong-un, Líder Máximo da Coreia do Norte, apesar de grotesco, não deixa de ser algo, digamos, “normal”, dada a característica stalinista deste regime político. Nada muito diferente do que a esquerda totalitária fez na extinta União Soviética, nos hoje amplamente conhecidos Processos de Moscou, que eliminaram a velha guarda bolchevique.
Em outro célebre episódio, Trotsky primeiro foi apagado de uma foto junto a Lênin em uma comemoração revolucionária para, depois, ser “apagado” com uma machadinha na cabeça, no México. Quem perpetrou tal assassinato foi um agente de Stálin, Ramón Mercader, que acabou placidamente os seus dias, em Cuba, com todos os privilégios da nomenclatura castrista.
Nada tampouco distinto do que Mao fez na China. Os camaradas, amigos de ontem, tornavam-se os inimigos de hoje, taxados de contrarrevolucionários a serviço do capitalismo.
No Brasil, ainda atualmente, há os que admiram Marighella e a guerrilha do Araguaia, que compartilhavam das mesmas concepções marxistas. Há, em todos esses casos, uma patológica perversão das ideias.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/o-embuste-ideologico-11167368#ixzz2p0Quh2hh
© 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.


29 de novembro de 2013

Disque B........ de Burro

Sou completamente contrario a usufruir de qualquer ganho que não seja por mérito e trabalho, porém existem situações em que realmente não é possível aplicar nossa filosofia de vida, pois bem só para encurtar a estória, no começo deste ano recebi uma conta de celular que apesar do valor irrisório não era minha, tinha meu CPF, meu endereço, mas o numero não era meu, liguei na maior calma para a operadora e expliquei a situação, após 6 meses de tentativas de cancelar a conta e recebendo até uma ligação ameaçadora de um tal de "auditor" da empresa veio a punhalada final: meu nome foi para o SPC após 45 anos de ficha imaculada, ai a paciência acabou, procurei um advogado, provei na justiça que a conta não era minha, localizei o verdadeiro dono da linha que passava pelo mesmo problema que eu e não conseguia receber a conta para pagar, retiraram meu nome do SPC e me pagaram uma indenização de 70 X o valor da conta, a sensação de justiça foi grande, mas me pergunto: para que tudo isto, como um serviço pode ser tão ruim desta maneira 6 meses explicando e ninguém com um feeling para ligar pelo menos para o numero e tentar identificar o verdadeiro dono, tem mais é que pastar mesmo......

1 de novembro de 2013

Parece que foi hoje que ele escreveu

O apagamento momentâneo da honestidade e a revolta contra pessoas inacessíveis levam os melhores a esses atentados brutais contra a propriedade particular e pública. Concorre também muito a nossa perversidade natural, o nosso desejo de destruir que, adormecido no fundo de nós mesmos, surge nesses momentos, quando a lei foi esquecida e a opinião não nos vigia. No jornal exultava-se. As vitórias do povo tinham hinos de vitórias da pátria. Exagerava-se, mentia-se, para se exaltar a população.

Lima Barreto

15 de outubro de 2013

Bolcheviques & Mencheviques and viceversa

http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/sp-pms-chamam-pacote-de-alckmin-de-saco-de-maldades-e-ameacam-greve,2f35c6c0eacb1410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html


No Brasil é assim uma categoria social ou profissional pode ter centenas de milhares de pessoas agregadas, mas basta 150 irem para rua para que se forme a "maioria" dona do pensamento, nosso amado Lenin já matutava a este respeito comparando seus Bolcheviques (Minoria) com os Mencheviques (Maioria) :

"Uma minoria organizada vai sempre dominar a maioria desorganizada"