20 de maio de 2013

Alerta Geral

Tudo bem, tudo bem o projeto é de 2.004, já deve estar no arquivo sexto a muito tempo, mas encanta pelo primor da ídeia , a começar pelo título "Poupança Fraterna".. segue link quem tiver paciência que leia até o fim:
 

Poupança Fraterna - O filme

18 de maio de 2013

Lost in Brazil

General Mourão Filho (falecido em 1972): “Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto e, vinte e quatro horas depois, a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso”.

5 de maio de 2013

Perfeição

Antes da letra atual como sempre fica a pergunta: Renato Russo seria mais um cooptado ou manteria sua imperfeição até o fim?

Perfeição

Legião Urbana

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos
Covardes, estupradores
E ladrões...
Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E seqüestros...
Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...
Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...
Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!...

Errata, errata & errata

Acusado de matar gay atropelado é identificado.

Onde publicamos isto, deveriamos ter publicado :


Acusado de matar gay ser humano atropelado é identificado.

NOS DESCULPEM, MAS TEMEMOS QUE O ERRO AINDA VAI SE REPETIR MUITAS VEZES

4 de maio de 2013

Velho Fascista

Velho fascista!!! era assim que minha mãe se referia ao meu avô sempre que a chance aparecia, Velho mil vezes fascista!!! ela repetia sempre que meu avô dificultava o envio de grana para resolver as enrascadas em que ela e meu pai se metiam. Eram os anos 70, eu tinha 7 anos e meus pais eram dois burgueses defensores da liberdade, igualdade e fraternidade, ou seja dois ripongas que gostavam de  dançar entre as  flores, fumar maconha , celebrar a vida e perdiam horas justificando candiadamente as ações do Baader Meinhof , era verdade que me amavam demais mas era verdade também que eu vivia em outra dimensão, uma dimensão em que eu com sete anos tinha imensa dificuldade para entender o que era real e o que era fruto da fértil imaginação dos meus pais.
Torci meu pé na rua vindo da escola, simples assim, estava caminhando da escola para casa e torci meu pé, uma dor lancinante me tomou da ponta do dedão ao alto do meu desgrenhado cabelo, cheguei em casa amparada por uma outra coleguinha, assim que minha mãe me viu naquele estado não teve dúvidas chamou imediatamente o chamã de plantão que frequentava nossa casa que se chamava Irmão Romualdo, que prescreveu uma infusão de chás, massagens com casca de arvore , meditação e outras coisas que já não me lembro mais, e assim seguimos, dois dias depois eu não conseguia mais levantar da cama, no quarto dia a febre me consumia e eu já delirava o que segundo o Irmão Romualdo era a tempestade que iria anunciar a bonança, médico? apenas um capricho imposto pelo nossa sociedade hipócrita, não passavam de vendedores de remédios a serviço dos chacais imperialistas do capitalismo, 1 semana e meu pé estava do tamanho de uma bola de futebol, lembro que era entre a tardinha e noite e eu estava naquele estado febril de dormir e acordar, delirar, dormir e gemer  foi quando escutei uma grande gritaria, a porta do quarto se abriu e um velho que usava um chapéu familiar irrompeu quarto adentro, se não fosse pela febre juraria que ele usava uma capa vermelha também,  me pegou  no colo e falou colado ao meu ouvido: "Calma, que vai dar tudo certo, você vai sarar" me carregou para fora, antes de me colocar no banco traseiro da Brasília quase 0 KM que tinha dirigido  por 8 horas para chegar na nossa casa, se voltou para minha mãe e disse: "Se acontecer algo com a menina vocês dois vão pagar caro", meu avô estava mais fascista que o habitual, dirigiu até um hospital entrou comigo carregada e me  entregou a um médico que tinha um aspecto mais fascista que ele, após um exame visual que durou dez segundos o monstro de branco sentenciou: "sala de cirurgia já", apaguei no éter e quando acordei meu pé tinha ganhado uma bota de gesso com uma abertura que deixava entrever um grande curativo que por baixa guardava uma infinidade de pontos, a dor era menor e eu já não tinha tanta febre, de lá meu avô fascista me levou direto ao seu bunker no retrogrado e atrasado interior de São Paulo, foram 4 meses para colocar o pé no chão, minha mãe vinha me visitar, mas não ousava conversar com meu avô que saia da casa quando ela chegava, meu pai veio uma vez e só chorou, voltei aos meus pais e a escola, Irmão Romualdo, o homem da bata amarela sumiu nas quebradas e eu nunca mais o vi.
Pequenos apêndices desta estória:
* Uma vez quando tinha 5 anos meu avô disse que eu não era a neta predileta dele, ele gostava mesmo era da mandona da Ágata que estava ao lado dele quando ele morreu;
* Lá pelos anos 80 minha mãe e meu pai se reconciliaram com meu avô, foi a única vez que vi minha mãe e meu avô chorarem, meus pais envelheceram e se tornaram os avôs mais caretas e retrógrados que jamais conheci, ficaram muito piores que o velho de chapéu;
* Hoje quando escuto alguém chamar outro alguém de fascista, sorrio e lembro do velho, meu avô aquele grande fascista.
Baseado num comentário de internete que não me lembro aonde li, se alguém se identificar pode se manifestar que dou o devido crédito.

Como diria o Rei da Dinamarca: Ai, que preguiça.

Tudo começou como um experimento para provar que dificuldades e pobreza ainda faziam parte da Dinamarca, aquele país rico e distante, mas o experimento deu errado. Visite uma mãe solteira de dois filhos vivendo sob os cuidados da seguridade social, propôs um membro liberal do Parlamento a um adversário político cético, e veja por si mesmo o quão difícil é viver assim.
 
Eles descobriram que a vida sob o bem-estar não era tão difícil assim. A mãe solteira de 36 anos de idade, que recebeu o pseudônimo de "Carina" na mídia, tinha mais dinheiro para gastar do que muitos dos trabalhadores período integral do país. Ao todo, ela recebia cerca de US$ 2.700 mensais (cerca de R$ 5,5 mil), e estava no bem-estar social desde que tinha 16 anos de idade.
 
Nos últimos meses, os dinamarqueses não prestaram mais tanta atenção ao caso, e acreditam que apesar de tudo a situação de Carina é lamentável. Mas mesmo antes de sua história chegar às manchetes, há um ano e meio, eles estavam profundamente envolvidos em um debate sobre se o estado do bem-estar social do país, talvez o mais generoso da Europa, havia se tornado generoso demais, o que prejudica a ética de trabalho do país. Carina ajudou a desequilibrar essa balança.

Matéria completa no IG aqui